domingo, 4 de setembro de 2016

Coração de porcelana



CORAÇÃO DE PORCELANA

Vulnerável coração,
quente, de carne, de porcelana,
tornas-te então,
Metal sólido e inanimado.

Já não ouço bater,
Silêncio, vazio,
tão pouco esquivar-se
das pontiagudas espadas.


Desaprendeste tão fácil a amar,
Fizeste do amor
Tua maldição,
Outrora um dom
Que o protegia da morbidez
De dias desleais.

Pobre coração exausto de amar,
Negaste então tua essência,
Sufocaste em tuas entranhas
O eco que sai dos confins
Do teu ser.

Morreste,
Constantemente,
Dia após dia.
na fragilidade de sua fé
em ainda algum dia ser feliz.

Isabela Maria Gonçalves Alves.

Nenhum comentário :

Postar um comentário